Paciente: Sexo feminino. Vinte anos.
Estresse pós-traumático. Alucinações visuais.
Avistamentos de um vulto, o "homem grande".
Cartas de tarô, de origem desconhecida.
Muda.
Mora só.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Trivia de Kassandra: mudanças, improvisos e gambiarras

Alguém poderia dizer que cinema é a arte de planejar um mundo ideal no roteiro, fazê-lo como puder na filmagem e tentar salvar tudo na montagem. Muitos detalhes do que é planejado originalmente acabam sendo modificados em cima da hora por causa de algum problema qualquer. É nessa hora que a criatividade da equipe é testada.

Não raro, as novas ideias acabam melhores do que as originais. Confiram algumas mudanças que aconteceram em Kassandra nas suas primeiras filmagens, em janeiro. E impeça que mais delas aconteçam nos ajudando no nosso financiamento coletivo! É fácil e ainda tem brindes!


- A dublê de Kassandra: Renata Stein já tinha sido liberada e não estava mais no set, enquanto a equipe filmava planos de detalhes de objetos e cenário. Até alguém lembrar que num plano de uma porta se fechando, Kassandra precisaria aparecer ao fundo, fora de foco. Sem a atriz no set, o jeito foi a continuísta Marina Cardozo (acima) colocar o figurino da personagem, tirar os sapatos e sair correndo em frente à câmera.

- O Achocolatado de Kassandra: Na primeira versão da história de Kassandra, a personagem só se alimentava de miojo. O roteirista Roger Monteiro (que tem implicância com miojo) substituiu a massa por garrafas de achocolatado -- que precisavam ser de vidro. O mais próximo disso que a diretora de arte Ana Gusson conseguiu foram garrafas de molho de tomate -- devidamente esvaziadas, lavadas e depois sujas com gotas de achocolatado. Ah, sim: o molho foi usando para alimentar a equipe. Não é à toa que um dos almoços foi cachorro-quente...

- Luzes e sombras: Numa determinada cena, uma luminária precisava projetar sombras no cenário. Como o abajur feito por Ana Gusson não tinha luz necessária para tanto, o eletricista Jô rapidamente recortou algumas estrelas em pedaços de papelão, no mesmo padrão da luminária. Os papelões formavam um círculo que era girado manualmente em torno de um holofote, projetando as sombras com perfeição na cena.

- Passarinhos em fúria: Havia dois passarinhos em cena, um manon preto e um periquito albino. No roteiro era previsto que Kassandra seguraria um deles na mão. Como o periquito era mais agitado, a cena seria feita com o manon. Entretanto, quando Renata Stein pegou o bichinho, ele a bicou e saiu voando pela locação, sendo recapturado de maneira relativamente fácil. O diretor Ulisses Costa tentou fazer o passarinho se acalmar, segurando-o por algum tempo, mas a ave continuava bicando furiosamente. A ideia foi abandonada e, no lugar do pássaro, Kassandra iria brincar com um bonequinho de Mozart -- uma ideia que funcionou tão bem que foi reprisada no vídeo do crowdfunding de Kassandra.

- Comprimidos de Tic-tac: Os remédios que Kassandra toma eram simples Tic-tacs (sabor menta). Eles aparecem em apenas duas cenas: numa, a personagem engole um; noutra, os comprimidos estão espalhados pelo chão. Algumas caixas de Tic-tac foram compradas e deixadas na sala de apoio. Contudo, elenco e equipe roubavam alguns sempre que podiam. Resultado: quando se foi rodar a segunda cena, as pastilhas tinham acabado. A solução foi pegar uma cartela de Dramin e usar comprimidos de verdade no cenário.

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