Paciente: Sexo feminino. Vinte anos.
Estresse pós-traumático. Alucinações visuais.
Avistamentos de um vulto, o "homem grande".
Cartas de tarô, de origem desconhecida.
Muda.
Mora só.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Entrevista: Leandro Lefa, o vizinho

Leandro Lefa, antes de fazer Kassandra, já tinha uma larga experiência em TV e em cinema, tendo atuado em inúmeros curtas e também em longas -- fora, claro, no teatro. Ele já havia trabalhado com boa parte da equipe em O Gritador (2006), também dirigido por Ulisses da Motta Costa (assista aqui). 

Além de atuar, Lefa também está trabalhando no som de Kassandra, como folley artist. Confira a entrevista com o ator:

Alfredo Barros, o montador de Kassandra, considera você um dos melhores atores gaúchos para cinema. Você realmente tem este gosto especial de atuar para a câmera, mesmo que a formação de atores no Rio Grande do Sul seja orientada para o teatro?

Lefa: O Alfredo é muito lisonjeiro, mas acontece que meu trabalho depende muito do dele, assim que dividimos qualquer mérito. Sim, me relaciono muito melhor com a câmera e me identifico mais com a linguagem do cinema. Tenho muita dificuldade no teatro. E é uma coisa minha, porque de fato não tive uma formação voltada pra cinema (até porque não há, aqui). Começo a acreditar nas pessoas que dizem que eu sou do contra (risos).
Você já fez outros trabalhos de terror, como em Porto dos Mortos, e no teatro está vivendo o protagonista do Linguiceiro da Rua do Arvoredo, uma lenda urbana de Porto Alegre. Em Kassandra, seu personagem também vive num contexto sombrio. O que há nestes personagens repulsivos que te atrai a atenção?

Lefa: A bem da verdade, nesses três trabalhos fui convidado por pessoas de quem gosto. Poderiam ter me convidado pra fazer um vendedor de casquinha que eu teria topado. Mas o interesse pelos personagens vem na medida em que eles ajudam a compor a história e o universo do filme. No caso de Kassandra, por exemplo, o personagem é um tanto raso, mas é por isso que funciona dentro do filme. Ele contrasta com Kassandra, dando dimensão pro universo dela e mais complexidade à trama.
Do elementos que existem em Kassandra, qual é o que mais te chama a atenção como artista?

Lefa: Justamente, a trama e o universo dos personagens são alguns dos elementos que mais me fascinam no cinema. E em Kassandra eles estão muito presentes, pelo roteiro e pelas atuações. E isso é evidenciado pela fotografia. Enfim, é um conjunto harmônico. No teatro, um ator pode 'salvar a peça'. No cinema, ele pode se destacar. Se o filme funciona é mérito da equipe (onde se inclui o elenco), com destaque pro diretor, que faz todo mundo trabalhar no mesmo filme.
Como é refazer a parceria com a equipe com a qual você fez O Gritador? O que há de novo entre aquele trabalho e Kassandra?

Lefa: É muito bom por serem pessoas formidáveis, mas isso eu já sabia. É ótimo ver como todos cresceram. Os seis anos trouxeram experiência e agregaram outros bons profissionais. Me pergunta se eu quero fazer parte do próximo filme (risos).

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